Política
Bolsonaro pede apoio do Congresso para ampliar porte de armas
Desde que assumiu a Presidência, Jair Bolsonaro editou oito decretos de armas
Em recesso na Bahia, o presidente Jair Bolsonaro não descansa de seu projeto de armar a população. Neste domingo 29, o ex-capitão usou sua conta no Twitter para dizer que precisa da ajuda do Congresso para ampliar o direito à posse e ao porte de armas no Brasil.
O presidente comemorou o aumento de 50% nos registros de armas de fogo em 2019 em comparação com 2018 e disse que o número de mortes caiu 22%. Usando aspas, Bolsonaro deu um tom irônico ao post ao dizer que o aumento nos registros não significou aumento no número de mortes.
“Segundo “especialistas”, o número de mortes deveria aumentar no Brasil, MAS na prática caiu 22%”, escreveu Bolsonaro. O post traz uma foto antiga do presidente aparentemente durante uma atividade do Exército.
– Registro de armas de fogo cresceu 50% no corrente ano, levando-se em conta o mesmo período de 2018. Segundo “especialistas”, o número de mortes deveria aumentar no Brasil, MAS na prática caiu 22%.
– Dependo do Parlamento para ampliar o direito a posse/porte para mais cidadãos. pic.twitter.com/kibR4Qk3A0
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) December 29, 2019
Esse ano, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 3723/19, que regulamenta as atividades de atiradores esportivos, caçadores e colecionadores. O texto aguarda votação do Senado.
Desde que assumiu a presidência, o presidente Jair Bolsonaro editou oito decretos de armas. O último, o decreto 10.030 publicado em setembro, regulamenta o uso de armas de fogo pelo Exército.
Especialistas no assunto questionam um dos pontos do decreto: a automática liberação da aquisição de armas de fogo – de uso permitido ou de uso restrito – por todo e qualquer membro das Forças Armadas ou da polícia, sem comprovação de antecedentes criminais.
O decreto 9.844, de 25 de junho, facilita a concessão de porte de arma no país, incluindo o direito de compra de fuzil. O de número 9845, da mesma data, concede benefício para que produtores rurais possam circular com arma em toda a extensão da propriedade.
O primeiro decreto editado por Bolsonaro, ainda em janeiro, o 9685, permitiu a compra de até quatro armas e ampliou o direito à posse (manter a arma em casa).
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.