Política

Lula diz que não aceitará tornozeleira eletrônica: “Coloquem no Moro”

Preso em Curitiba, ex-presidente afirmou que não está ‘precisando de favor’: ‘Eu vou provar que eles são uns canalhas’

O ex-presidente Lula
Apoie Siga-nos no

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que prefere ficar na cadeia mesmo se a Justiça autorizar o cumprimento de sua pena por prisão domiliciar. A declaração ocorreu durante entrevista a CartaCapital, na quarta-feira 4.

Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba desde 7 de abril de 2018, por corrupção e lavagem de dinheiro no processo que envolve o triplex do Guarujá. O ex-presidente foi condenado, pela primeira vez, em junho de 2016 pela Operação Lava Jato. Sua pena é de 8 anos e 10 meses.

O petista diz que não aceitará formatos alternativos de cumprimento da pena porque não está “precisando de favor”.

“A verdade tem que ser dita, não tem negociata. Eu estou aqui dentro já há mais de um ano e meio, estão tolhendo a minha liberdade há um ano e meio. Isso vai ter um preço quando eu sair daqui. O Estado vai ter que se responsabilizar. Não adianta vir com favor para mim, que eu não estou precisando de favor. Não adianta vir dizendo ‘ah, coitado do Lula, ele já está com 74 [anos], deixa ele ir para casa fazer prisão domiciliar”, disse.

Na sequência, o ex-presidente xingou os condutores da Operação Lava Jato de “canalhas”.

“Falam ‘ah, vamos colocar uma tornozeleira nele’. Primeiro: eu não sou pombo correio. Se quiser colocar uma corrente, coloquem no pescoço do [ministro da Justiça, Sérgio] Moro, não na minha canela. Segundo: eu só saio daqui com a minha inocência total. Ou esses canalhas provam que eu errei, ou eu vou provar que eles são uns canalhas e eles vão ficar desmoralizados”, atacou.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo