Política

Lula: “PT não tem que fazer autocrítica”

Ex-presidente argumentou que PT não nasceu para ser um partido de apoio e criticou Ciro Gomes, Luciano Huck e João Doria

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foto: Reprodução/PT
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Na primeira parada da caravana que faz pelo Nordeste após ter deixado a prisão, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou que o PT precise fazer uma autocrítica. Na visão dele, quem deve criticar o partido é a oposição: “Vocês já viram alguém pedir para FHC fazer autocrítica?”, questionou.

A declaração foi dada durante reunião da Diretoria Executiva Nacional do PT em Salvador-BA, que contou com as presenças de Fernando Haddad (ex-prefeito de São Paulo), Gleisi Hoffmann (deputada e presidente do partido), Jaques Wagner (senador pela Bahia), Rui Costa (governador da Bahia), Fátima Bezerra (governadora do Rio Grande do Norte) e Wellington Dias (governador do Piauí).

Desde que deixou a prisão na última semana, Lula tem repetido que o partido não pode abrir mão de seu protagonismo e que deve lançar candidatos em todas as principais cidades do País nas eleições municipais de 2020. “Um partido só cresce quando disputa”, defendeu.

Na visão de Lula, o partido polarizou todas as eleições desde 1989 (ano de fundação do partido) e deve continuar com a mesma estratégia: “O PT não nasceu para ser um partido de apoio”, justificou.

As novas declarações de Lula refutam as notícias de que o PT poderia se aliar a outros partidos de esquerda durante a disputa municipal de algumas capitais. No último sábado 9, o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) chegou a cravar o apoio do PT na disputa pela Prefeitura do Rio de Janeiro, no ano que vem.

Ciro, Doria e Huck

Durante seu discurso de uma hora para colegas de partido, Lula também criticou o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que defendia o apoio do PT à sua candidatura nas eleições presidenciais de 2018. “Ele acha que o Bahia quando vai jogar com o Vitória vai amolecer para o Vitória?”

Já com relação à oposição, Lula espera uma disputa entre o atual governador de São Paulo, João Dória (PSDB), e o apresentador Luciano Huck, cotado para concorrer nas eleições de 2022. “A pausa e a menopausa”, definiu, referindo-se a Doria e Huck, respectivamente.

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