Educação

MEC adia Enem para janeiro de 2021, e UNE protesta: “Não escutaram os estudantes”

Prova será aplicada nos dias 17 e 24 de janeiro; versão digital ocorrerá em 31 de janeiro e 7 de fevereiro

Foto: Wilson Dias/Arquivo/Agência Brasil
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O Ministério da Educação anunciou, nesta quarta-feira 8, que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será realizado nos dias 17 e 24 de janeiro de 2021. Já as provas da versão digital serão aplicadas em 31 de janeiro e 7 de fevereiro. A reaplicação dos testes ocorrerão em 24 e 25 de fevereiro, e os resultados saem a partir de 29 de março.

A realização do exame estava prevista para este ano, mas foi adiada como consequência da pandemia do novo coronavírus. As novas datas foram anunciadas pelo secretário-executivo do MEC, Antonio Paulo Vogel, e o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, durante entrevista à imprensa, em Brasília.

A decisão do Ministério contraria a votação da enquete que a própria pasta lançou para consulta pública, com resultado divulgado no início de julho. Entre as mais de 1,1 milhão de pessoas opinaram na pesquisa, 49,7% pediram que a prova fosse realizada mais tarde, apenas em maio de 2021, enquanto 35,3% votaram pela prova em janeiro de 2021, e 15% pediram que o exame fosse realizado já em dezembro deste ano.

Nas redes sociais, a União Nacional dos Estudantes (UNE) acusou o MEC de não ter ouvido a opinião dos estudantes ao estabelecer as novas datas.

“A divulgação das novas datas para o ENEM 2020 escolhidas pelo MEC (17 e 24 de janeiro) só demonstram como eles tratam a opinião dos estudantes: com desprezo! Não escutaram as entidades estudantis em nenhum momento e ignoraram o resultado da consulta que eles mesmos fizeram!”, escreveu a entidade.

O presidente da UNE, Iago Montalvão, criticou nas redes sociais a realização da enquete, já que o resultado não foi respeitado.

“Eles não sabem como fazer uma votação. A maioria votou em maio! E em segundo em janeiro! Pelo menos, um debate em relação a isso deveria ser feito”, publicou.

A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) também questionou a decisão do MEC. “Para que serviu a enquete do MEC? Por que a opinião dos estudantes foi ignorada?”, manifestou-se no Twitter.

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