Política

Major Olímpio diz que Bolsonaro está isolado e pode sofrer impeachment

O senador, que é aliado do presidente, alerta que segmentos decisivos para a eleição estão se distanciando do governo por insatisfação

Senador Major Olímpio. Foto: Agencia Brasil.
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A crise mundial causada pelo coronavírus está refletindo no governo e na popularidade do presidente Jair Bolsonaro. Segundo o senador Major Olímpio (PSL/SP), que é um dos aliados de Bolsonaro, o capitão está perdendo apoio no Congresso, na sociedade e se encontra cada dia mais isolado. “Se não tomar cuidado, poderá sofrer um impeachment”, adverte o militar.

A maneira como o presidente vem conduzindo a crise tem gerado criticas até de seus apoiadores. Bolsonaro ignorou a quarentena que foi indicada pelo próprio Ministério da Saúde e participou de manifestações a favor de seu governo, que ocorreram no último dia 15 . Além disso, o presidente afirmou diversas vezes que o coronavírus era uma histeria e que havia interesse econômico por trás de toda a comoção.

Durante trés dias seguidos, diversas cidades do Brasil registraram panelaço contra Bolsonaro com pedido de saída do presidente. Além disso,  já foram apresentados três pedidos de impeachment do capitão no Congresso Nacional.

Em entrevista ao Congresso em Foco, Major Olímpio diz que segmentos decisivos para a eleição de Bolsonaro em 2018, como o agronegócio, os profissionais de segurança pública e os evangélicos, representados pelas bancadas mais influentes no Congresso, estão se distanciando do presidente por insatisfação com o seu governo. Os investidores, observa ele, também não se sentem seguros em apostar no país, devido à instabilidade política criada quase sempre pelo próprio presidente e seus filhos.

“O distanciamento da bancada da agropecuária é bom sinal de alerta para o presidente. Outro grupo muito forte de apoiamento ao presidente, os evangélicos, já está bastante dividido. É para ligar o alerta”, alertou o senador.

Para o senador, a crise gerada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL/SP) com a China, principal parceiro comercial do Brasil, intensifica o isolomento e a perda de popularidade do presidente. “Essa manifestação do Eduardo Bolsonaro em relação à China é a plena comunhão do inútil ao desagradável. Não contribui em nada. É apenas ilação. Não fosse filho de presidente, seria só idiotice de um parlamentar exaltado, sem informação”, afirmou.

O líder do PSL afirma que Bolsonaro não entendeu a gravidade da pandemia, não toma os cuidados necessários para proteger a própria saúde e deveria se preocupar menos com “likes” e mais em apoiar os ministros da Economia e da Saúde.

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