Política

Embaixada chinesa volta a repudiar Eduardo: “Será que merece confiança?”

“Quem insiste em atacar e humilhar o povo chinês, acaba sempre dando um tiro no seu próprio pé”, escreveu embaixada

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara. Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados
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A embaixada da China voltou a rechaçar as declarações do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) sobre o novo coronavírus. O parlamentar havia publicado, em sua conta na rede social, acusações de que a culpa da pandemia era do país asiático. Em resposta, a embaixada disse que Eduardo “contraiu vírus mental”, e o chanceler Ernesto Araújo chegou a pedir retratação do embaixador Yang Wanming.

Agora, em um segundo pronunciamento, a embaixada repudiou novamente as palavras do parlamentar e o acusou de espalhar preconceito.

“São absurdas e preconceituosas as suas palavras, além de ser irresponsáveis. Não vale a pena refutá-las. Aconselhamos que busque informações científicas e confiáveis nas fontes sérias como a OMS [Organização Mundial da Saúde], úteis para ampliar a sua visão”, escreveu.

Em uma publicação sequente, a embaixada diz que Eduardo aparenta não ter se arrependido das declarações sobre a China.

“Os seus argumentos mostram que você não está arrependido pela sua atitude, tampouco ciente dos seus erros. Ao continuar a optar por ficar no lado oposto ao povo chinês, está indo cada vez mais longe no caminho errado”, postou a embaixada.

 

Em uma terceira postagem, a embaixada pede que Eduardo “dê uma guinada o mais rapidamente possível”, e acrescenta que “a história nos ensina que, quem insiste em atacar e humilhar o povo chinês, acaba sempre dando um tiro no seu próprio pé”.

Em seguida, a embaixada escreve que, sob a liderança do presidente Jair Bolsonaro, o Brasil segue no combate à pandemia, mas que Eduardo não faz o mesmo.

“Como deputado federal, ao invés de contribuir devidamente para esse combate, você tem gastado tempo e energia para atacar deliberadamente a China e espalhar boatos”, diz. “Será que está cumprindo os seus deveres como deputado? Será que merece a confiança daqueles que votaram em si?”, indaga.

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